Financiamento
Universidade do Porto / Banco Santander Totta
Referência
PP-IJUP2011-18
Coordenadora
Fátima Pereira (Investigadora Responsável - CIIE/FPCEUP)
Equipa de investigadores
Dulce Magalhães (FLUP)
Ana Mouraz
Carolina Santos
Soraia Sousa
Thiago Freires
Estudantes
Filipa Alexandra Peixoto Lopes (FPCEUP)
Guilherme Lopes da Cunha (FPCEUP)
Cátia Sofia dos Santos Ferreira (FLUP)
Duração
10.2012 - 10.1013
Resumo
Este projeto incide no conhecimento dos efeitos da experiência escolar na estruturação da vida dos alunos.
Vários estudos têm revelado uma confluência simultânea de gosto e desgosto vivenciado pelos alunos em palco escolar, isto é, um certo desencanto por parte destes sobre diversos aspetos que constituem a escolarização, designadamente sobre os saberes a aprender, as vivências experienciadas e as relações humanas em sala de aula, por contraponto com o encanto experienciado em espaços exteriores à sala de aula.
Partindo do princípio que as dinâmicas escolares estão presentes na estruturação dos quotidianos juvenis, este projeto centraliza-se na voz dos alunos. Pretende-se, assim, acionar um dispositivo de recolha e análise de narrativas biográficas de alunos que se encontram a frequentar o último ano do ensino básico em agrupamentos de escolas do Observatório da Vida nas Escolas com características distintas ao nível da oferta educativa, atribuindo legitimidade à voz dos alunos para narrar realidades singulares autovivenciadas passíveis de contribuir para o conhecimento de âmbito social.
Espera-se que este estudo tenha impactos significativos no estado da arte: por um lado o conhecimento narrado na primeira pessoa, pelos alunos, sobre a vida na escola e os seus efeitos nos seus quotidianos, nas representações que constroem sobre o mundo, nas suas relações e subjetividades e nas expectativas que criam quanto ao futuro e sobre o valor atribuído à escola, ao currículo escolar, à relação pedagógica e às diversas formas de organização social no contexto escolar torna-se imperativo quer para o debate político em torno da definição dos mandatos sociais a que a escola deve responder quer para as mudanças que urge realizar na escola. Pelo outro, escutar as vozes dos alunos é uma forma de lhes atribuir centralidade e legitimidade no conhecimento que se produz no campo das Ciências da Educação e da Sociologia.