GROW:UP - Crescer em Regiões de Fronteira em Portugal

GROW:UP - Crescer em Regiões de Fronteira em Portugal: Jovens, Percursos Educativos e Agendas

 

Financiamento

Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa Operacional Regional do Norte (NORTE 2020) do PORTUGAL 2020, e Fundação para a Ciência e a Tecnologia, IP (FCT)

 

Referência

PTDC/CED-EDG/29943/2017
POCI-01-0145-FEDER-029943

 

Instituição Coordenadora

CIIE/Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

 

Parceiro

Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA)

 

Investigador Responsável (IR): Sofia Marques da Silva
Co-IR: Helena C. Araújo

 

Equipa de investigação

Sofia Marques da Silva, CIIE/FPCEUP (IR)
Helena C. Araújo, CIIE/FPCEUP (Co-IR)
Armando Loureiro, CIIE/FPCEUP e UTAD
Gil Nata, CIIE/FPCEUP
Rui Serôdio, FPCEUP
Isabel Costa, UTAD
Eva Oliveira, IPCA
Joana Freitas, APCER (Associação Portuguesa de Certificação)
Vitor Baltazar Dias, IPDJ (Instituto Português do Desporto e Juventude)
Ana Milheiro Silva, CIIE/FPCEUP
Marta Sampaio
Thiago Freires, CIIE/FPCEUP (Investigador doutorado contratado)
Nicolas Martins da Silva, CIIE/FPCEUP
Sara Pinheiro, CIIE/FPCEUP
Sara Faria (Bolseira de investigação - BI)
Raquel Magano (Colaboradora)
Vanessa Silva (Colaboradora)

 

Duração

48 meses
16-7-2018 – 15-7-2022

 

Web

https://growup.up.pt/ 

 

Resumo

O desenvolvimento regional de regiões periféricas é um desafio persistente. As regiões de fronteira em Portugal, frequentemente coincidentes com zonas rurais e remotas, sofrem de diferenciação espacial. São lugares com desigualdades estruturais e um gap na perceção de oportunidades e recursos. De acordo com a Agência para o Desenvolvimento e a Coesão, Portugal tem "assimetrias e potencialidades territoriais" com impacto em indivíduos, instituições e no desenvolvimento das regiões, desafiando diferentes níveis de governança. Um acesso desigual a serviços e oportunidades entre grupos vulneráveis e fenómenos de exclusão e pobreza estão concentrados em territórios específicos com menos oportunidades educacionais e emprego qualificado.

Os/as jovens a crescer em regiões de fronteira são particularmente afetados por esta situação nas suas trajetórias e planos futuros. Entenderão os/as jovens as regiões de fronteira como espaços a abandonar? Um estudo de caso exploratório numa região de fronteira portuguesa mostrou que os/as jovens expressam apreensão quando pensam em abandonar a sua região, mostrando uma ligação positiva com a sua terra, ainda que apontem constrangimentos.

O projeto GROW:UP propõe investigar em contextos de fronteira as influências mútuas de factores individuais, contextuais/institucionais e sistémicos nas biografias jovens e analisar de que modo as comunidades estão proactivamente a contrariar desigualdades, fomentando o investimento em percursos positivos.

O projeto pretende investigar abordagens prometedoras de comunidades que encorajam percursos juvenis, prevenindo fatores de risco, como a desafetação da escola, falta de participação e cenários futuros.

O GROW:UP analisará politicas europeias e nacionais e a sua articulação territorial com programas e práticas locais, analisando a estabilidade e a resistência dessas iniciativas no suporte aos/às jovens e identificando indicadores e competências chave de comunidades resilientes.

O projeto ancora-se numa abordagem compreensiva sustentada nos contributos teóricos da Sociologia da Educação, Estudos Juvenis, Estudos de Fronteira e Análise de Redes. Usará uma metodologia que combina análise de políticas e entrevistas a experts locais, para identificar níveis de integração das políticas formais em programas e políticas locais; um questionário para compreender a influência de fatores como sentimento de pertença, resiliência e envolvimento nas vidas juvenis; estudos de caso, para produzir conhecimento sobre processos e dinâmicas que influenciam a construção de percursos educativos e analisar como as comunidades estão proactivamente a resolver desafios que afetam jovens de fronteira, quer encorajando-os para percursos positivos, quer equipando-os para ampliarem oportunidades.

Uma aplicação móvel, um programa de auditoria e agendas juvenis são atividades participatórias, empiricamente apoiadas, que pretendem capacitar jovens e comunidades.