JERF – Juventudes, Educacao e Regioes de Fronteira

 

 

Financiamento

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP)

 

Investigadora responsável

Sofia Marques da Silva

 

Equipa de investigação

Sofia Marques da Silva (IR)
Ana Milheiro Silva (investigadora)

 

Colaboradores/as

Cristina Queirós – FPCEUP
Isabel Costa – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)
Abílio Amiguinho - Escola Superior de Educação de Portalegre (ESEP)
 

Duração

1-1-2016 – 30-6-2018

 

Resumo

O projeto JERF encontra-se em desenvolvimento no Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (CIIE-FPCEUP), com enquadramento no trabalho desenvolvido pelo grupo de estudos Jovens, Educação e Diversidade (JEDi) e decorre de um estudo de caso (Silva, 2011). Recordando o esquecimento a que os/as jovens e as populações de fronteira têm sido votados/as, também pelas Ciências da Educação (Silva, 2014), este projeto procura alargar o conhecimento sobre jovens em regiões de fronteira, estendendo a pesquisa a uma escala nacional – todos os concelhos de fronteira de Portugal Continental.

O projeto toma como pressuposto que dimensões globais, nacionais e locais dialogam entre si quando nos propomos estudar as experiências e culturas juvenis. Aspetos como a não linearidade dos percursos e transições (Walther, 2006; Pais, 2000) mas, igualmente, questões recentes como o exercício da juventude num contexto socioeconómico de pós-crise (Galland, 2010; Jover, Belando-Montoro, & Guío, 2014), diferentes mecanismos e contextos de participação juvenil, e questões contextuais relacionadas com a condição geográfica de fronteira e remoticidade (Carmo, 2011; Silva, 2014), sustentam a discussão da questão central.

Metodologicamente, o JERF organiza-se durante 24 meses em torno de diferentes momentos: análise documental, aplicação de um questionário a nível nacional e realização de estudos de caso múltiplos, valorizando as perceções e significados de diferentes figuras educativas de Agrupamentos de Escola de regiões fronteiriças e de agentes da comunidade, com atenção para os/as estudantes (9º-12º ano), e, nesse sentido, focando-se “mais [nos] sentido(s) do que [nos] ‘factos’” (Correia, 1998: 185). Recorrerá a uma metodologia de investigação mista (Creswell, 2003), conciliando métodos e técnicas quantitativas e qualitativas de recolha e análise de dados (Punch, 2014).

Com a grande finalidade de se procurar responder à questão Como se cresce e se é jovem em regiões de fronteira em Portugal, este estudo foca-se, de modo particular, em conhecer e compreender como se desenvolvem, organizam e estruturam percursos socioeducativos juvenis. Para isto, e com base em contributos anteriores, entende-se relevante uma abordagem que integre dimensões de resiliência, engagement e pertença, considerando-se as pessoas jovens como atoras num contexto social em interação.

Objetivo geral:

Compreender o modo como jovens de regiões de fronteira constroem e organizam os seus percursos socioeducativos, navegando adversidades e desigualdades, nomeadamente relacionadas com a condição geográfica, socioeconómica e cultural da sua região, mas também construindo pertenças, engagement e resiliências.

 

 

 

(foto cedida pelo Grupo de Pauliteiras de Bemposta)