Linguagem, arte e mudança social na violência de género
Título
As Linguagens visuais na prevenção da Violência de género
Autoras
Ana Paula Canotilho
Maria José Magalhães
Investigadora Projecto Love, Fear and Power-Pathways to a Non-Violent Life CIIE/FPCEUP
Este artigo centra-se numa acção de rua “Gritos” que teve como objectivos a sensibilização da população para o fenómeno do homicídio de mulheres vítimas de violência doméstica, mas também nomear as mulheres assassinadas no ano de 2010, por maridos, companheiros e namorados. Baseamos a nossa análise no vídeo, que foi feito no local onde decorreu a acção, no dia 25 de Novembro. Pretendemos saber como é que estas acções de sensibilização podem criar caminhos para a mudança social neste grave problema de direitos humanos das mulheres.
Esta investigação é parte de um projecto de investigação financiado pela FCT – “Amor, Medo e Poder: percurso de vida para a não-violência”, e iremos utilizar como metodologia a antropologia visual, uma vez que as possibilidades de análise de um vídeo documental servem como indicadores “a ciência não está apenas contida nos limites da actividade especializada, mas numa acção que transborda para a vida em sociedade e suas conexões” (Silva,2007:sp).
A linguagem visual pode fazer-nos reflectir e ajudar a prevenir a violência de género, podendo ser utilizadas como ferramenta para a mudança social e consciência colectiva.
Título
“O pai gritou...mas não devia! - Cada um tem direito de escolher como quer ser” - sentidos atribuídos por criancas a representacões de violencia em albuns narrativos
Autora
Lúcia Almeida Gomes
Maria José Magalhães
Investigadora Projecto Love, Fear and Power-Pathways to a Non-Violent Life CIIE/FPCEUP
Os álbuns são objectos multimodais que, pelas suas características, desafiam as intersubjectividades e intertextualidades d@s leitor@s, potenciando a reflexão sobre situações do quotidianos das crianças e contribuindo para uma maior consciencialização dos mundos em que vivem e do seu papel nesses contextos. Nesta comunicação pretende-se dar conta de sentidos atribuídos por 5 meninas e 5 meninos, de 5 anos, a representações de conflito e violência em dois álbuns e um pequeno vídeo. As narrativas multimodais que serviram de mote para registos individuais e grupos de discussão focalizada, realizados com as crianças, apresentam personagens humanas e antropomórficas que, através de discurso na primeira pessoa, comunicam com @s leitor@s, sobre as emoções e modos como lidam com situações difíceis em vários contextos, incluindo os familiares. A partir destas narrativas, as crianças expressam, com acuidade, os sentidos que atribuem a estas temáticas, “espelhadas” em artefactos direccionados a pequen@s leitor@s. Assumindo-se que as questões de conflito e violência façam parte destes produtos culturais, propõe-se, pelas vozes das crianças, que estes ofereçam soluções positiva e significativamente enquadradas nos mundos em que as crianças desejam viver.
Esta comunicação é parte do Projecto Amor, Medo e Poder, financiado pela FCT e CIG.
Palavras-chave: interpretações das crianças, estereótipos de género, leitor/leitora semiótica
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Título
Prevenção da Violência de Género nas Escolas – Projecto Mudanças com Arte e seus resultados
Autoras
Ana Gomes, Ana Pinto, Cristina Pereira, Patrícia Ribeiro
Equipa Técnica do Projecto Mudanças com Arte
O Projecto Mudanças com Arte desenvolvido pela UMAR centra-se na prevenção primária já que esta tem sido a grande lacuna em Portugal, em termos do combate à violência de género nas relações de intimidade.
O Projecto Mudanças Com Arte consiste num programa elaborado para o sistema educativo português, contextualizado para a nossa cultura e a nossa educação escolar, dirigindo-se a alunos/as, docentes e restante comunidade educativa. Inclui ainda o conhecimento já construído pelo movimento feminista internacional sobre o que tem mais impacto na mudança de atitudes e comportamentos dos/as jovens e, por isso, na construção de novas relações sociais que assentem na igualdade.
O estudo sobre a violência no Namoro do MCA mostrou que com uma intervenção eficaz, centrada nos/as jovens, se consegue a quase completa rejeição da violência física como “normal” numa relação de namoro (97% dos/das jovens reconhece que as agressões, deixando marca ou não são violência). Já a violência psicológica atinge ¼ dos/as jovens nos seus relacionamentos amorosos, evidenciando a sua relativa naturalização. Ressalta neste estudo a necessidade – diríamos, a urgência – de programas de prevenção: um aumento de sobre actos de agressão física e psicológica constitui-se como relevante para reforçar e reiterar a continuidade deste tipo de programas no sentido de efectivar a mudança para relações de intimidade assentes no respeito e igualdade.
Título
Minando as Desigualdades, Construindo Pontes para a Igualdade
Autora
Judite Alves Pinheiro
Técnica de Acompanhamento da Formação na Escola E.B. 2/3 do Couto Mineiro do Pejão
Doutoranda em Estudos Interdisciplinares de Género na Universidade de Salamanca
Apresenta-se o trabalho realizado ao longo de três anos lectivos no Agrupamento de Escolas do Couto Mineiro do Pejão, no âmbito do Projecto de Igualdade de Oportunidades, transversal a todas as ofertas formativas de Cursos de Educação e Formação de Jovens (Ensino Básico) e de Cursos Profissionais (Ensino Secundário). Descrevem-se os objectivos gerais, apresentam-se e ilustram-se as diferentes actividades desenvolvidas, e elencam-se as conclusões retiradas.
Palavras-chave: igualdade de oportunidades, igualdade de género, prevenção
